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Diga adeus à dívida técnica: soluções Ágeis para um desenvolvimento organizado

Débito técnico é o preço de priorizar soluções rápidas em vez de qualidade no desenvolvimento de software. Aprenda tipos, causas e soluções.

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Key Takeaways

  • Technical debt refers to the future costs of quick or suboptimal solutions in software development, leading to increased maintenance and risk.

  • Agile practices like strict definitions of done, automated testing, and continuous integration help control technical debt.

  • Prioritizing and addressing technical debt in sprints prevents quality decline and delivery delays.

  • Regularly review and resolve technical debt to maintain code quality and support sustainable development.

Débito técnico: definição e exemplos

Cada equipe de desenvolvimento de software enfrenta o mesmo dilema: entrega rápida ou entrega perfeita. A maioria escolhe a rapidez, e é aí que o débito técnico entra em jogo. 

Entre atalhos deliberados e complexidade acidental, o débito técnico vem em várias formas e afeta tudo, desde a velocidade de desenvolvimento até o moral da equipe. Entender o que isso significa e como gerenciar evita que sua equipe tenha problemas de produtividade no futuro.

A boa notícia é que, com as estratégias e ferramentas certas, o que poderia prejudicar a produtividade se torna uma parte gerenciável do seu ciclo de desenvolvimento. 

Este guia abrangente mostra o que de fato significa débito técnico, por que isso acontece e, o mais importante, como gerenciar sem atrapalhar seu processo de desenvolvimento. 

O que é débito técnico?

O que é débito técnico?

Débito técnico é um conceito em desenvolvimento de software que descreve o custo futuro de escolher uma solução rápida ou fácil agora, em vez de uma abordagem melhor, porém mais demorada. 

Quando os desenvolvedores priorizam a velocidade sobre a qualidade do código, as soluções ficam abaixo do ideal e vão precisar de refatoramento ou melhoria no futuro. Isso gera trabalho duplicado para as equipes, consumindo seus orçamentos, recursos e cronogramas de projetos

Por exemplo, usar uma biblioteca obsoleta por ser familiar ou definir valores fixos que deveriam ser configuráveis. Isso pode parecer eficiente no momento, mas vai gerar retrabalho dispendioso mais tarde, como:

  • Reescrever um código frágil que quebra sempre que uma funcionalidade relacionada é alterada.

  • Refatorar um módulo que não foi projetado para ser dimensionado com o aumento de usuários ou dados.

  • Substituir dependências desatualizadas que não recebem mais atualizações de segurança.

  • Desacoplar componentes muito interligados para que as funcionalidades possam ser criadas e implementadas com distinção.

Como o débito técnico se acumula ao longo do ciclo de lançamento

Como o débito técnico se acumula ao longo do ciclo de lançamento

Em geral, os programas de desenvolvimento de software seguem uma abordagem baseada em fases, que consiste em: desenvolvimento de funções, alfa, beta e golden master (GM).

Cada versão de software começa com uma fase em que novas funções são criadas e (de preferência) os problemas remanescentes da versão anterior são resolvidos.

  • Alfa: quando cada função estiver implementada e pronta para teste

  • Beta: começa quando erros suficientes foram corrigidos para permitir feedback dos clientes. Enquanto a equipe está ocupada corrigindo erros suficientes para chegar à fase beta, novos erros aparecem, o que é frustrante e contribui para o débito técnico. É um ciclo sem fim: um erro é corrigido e mais dois aparecem. 

  • Nenhum erro em aberto: esse status costuma ser obtido corrigindo alguns problemas conhecidos e adiando o resto para a próxima versão. 

Procrastinar as correções de erros permite que o débito técnico se acumule e forme uma bola de neve. Conforme o backlog cresce, sua resolução fica mais difícil. O desenvolvimento fica mais lento, os cronogramas atrasam e os clientes sofrem com defeitos persistentes. Em vez de deixar o débito técnico sair do controle, adotar práticas Ágeis pode proporcionar uma abordagem mais sustentável.

Tipos de débito técnico

Exemplos de débito técnico

Entender o débito técnico significa reconhecer que nem todos os débitos são criados da mesma forma. As principais categorias de débito técnico incluem: 

  • Débito deliberado: quando as equipes usam atalhos de propósito para cumprir prazos ou lançar funcionalidades com mais rapidez. É uma decisão consciente na qual os desenvolvedores entendem que estão gerando trabalho futuro, mas escolhem a velocidade em vez da perfeição. 

  • Débito acidental: quando ocorre baixa qualidade do código sem querer. Um desenvolvedor pode interpretar mal os requisitos ou a equipe pode não ter experiência com uma tecnologia específica. Esse tipo de débito técnico surge de erros sinceros, e não de escolhas estratégicas. 

  • Bit rot: até mesmo um bom código pode virar um problema com o tempo. À medida que os sistemas evoluem, as dependências mudam e novas funcionalidades são adicionadas. O código anterior estabelecido pode ficar desatualizado ou incompatível com componentes mais novos.

As causas mais comuns de débito técnico

As causas mais comuns de débito técnico

As equipes acumulam débito técnico por vários motivos, muitas vezes sem perceber que está ocorrendo. As causas comuns de débito técnico incluem: 

  • Prazos apertados: quando o gerenciamento de produtos exige uma entrega mais rápida, atalhos são tomados. As soluções rápidas substituem as soluções adequadas, criando débitos que aumentam com o tempo. 

  • Falta de testes: ignorar os testes pode economizar tempo no início, mas os erros que passam despercebidos criam encargos de manutenção contínuos que retardam o desenvolvimento futuro. 

  • Comunicação deficiente: quando as práticas de gestão Ágil de projetos falham, os desenvolvedores podem interpretar mal os requisitos ou fazer suposições que levam a retrabalhos. 

  • Lacunas de habilidades: as equipes que trabalham com tecnologias desconhecidas muitas vezes criam soluções abaixo do ideal, que precisam ser aperfeiçoadas à medida que o conhecimento especializado aumenta. 

  • Requisitos em evolução: à medida que a estratégia do produto muda, o código que antes fazia sentido pode deixar de estar alinhado com a visão atual e se tornar um débito técnico.

Como identificar débitos técnicos

Como identificar débitos técnicos

A parte mais desafiadora do débito técnico é que ele costuma ser invisível até começar a causar problemas reais. Até lá, você já está atrasado. Por sorte, existem maneiras simples de o identificar antes que se torne um problema sério.

Estes são os métodos mais eficazes para identificar o débito técnico com antecedência: 

  • Revisões de código: revisões regulares por pares revelam com frequência áreas em que foram tomados atalhos ou a complexidade cresceu além dos níveis gerenciáveis. 

  • Métricas de complexidade: ferramentas que medem a complexidade do código podem ajudar a identificar seções problemáticas que requerem atenção. Em geral, a alta complexidade ciclomática ou o aninhamento profundo indicam áreas prontas para refatoramento. 

  • Feedback do desenvolvedor: os membros da equipe que trabalham todo dia no código podem identificar padrões e pontos problemáticos que as métricas podem não detectar. Seus insights são inestimáveis para identificar pontos de atrito que retardam o processo de desenvolvimento. 

  • Monitoramento de desempenho: tempos de resposta lentos ou picos no uso de recursos podem indicar problemas técnicos subjacentes que requerem atenção. 

Bugs recorrentes ou atrasos inesperados também sinalizam débitos ocultos que estão retardando o progresso. Quando o mesmo tipo de problema continua aparecendo ou alterações simples demoram mais do que o esperado, costuma ser um sinal de que o débito técnico está afetando a velocidade da sua equipe.

Como gerenciar débitos técnicos

Como gerenciar débitos técnicos

Seja devido a correções rápidas feitas em prazos apertados, mudanças em requisitos ou sistemas desatualizados, o débito técnico é algo que pode se acumular. E é provável que você tenha herdado parte desse débito se trabalhou com código legado. 

Estas dicas vão ajudar você a gerenciar débitos existentes e permitir que sua equipe se concentre na parte divertida, como o desenvolvimento de novas funções. 

1. Estabeleça uma definição clara de débito técnico

Às vezes, os desenvolvedores e os gerentes de produto discordam sobre o que constitui o débito técnico. Então vamos acabar com essa controvérsia:

Há uma tentação do lado do desenvolvimento de caracterizar o trabalho arquitetônico como débito técnico. Dependendo da natureza da alteração, como substituir um atalho pela solução “real” em oposição a dividir uma base de código monolítica em microsserviços, ele pode ser ou não.

Por outro lado, o gerenciamento de produtos costuma ter mais urgência em criar novas funções do que em corrigir bugs ou desempenho lento. 

Para evitar que nenhum dos lados se canse, todos devem entender a distinção entre débito técnico, alterações arquitetônicas esperadas na base de código e novas funções. Uma comunicação clara entre desenvolvimento e gerenciamento de produtos é tão importante quanto priorizar backlogs e transformar a base de código. 

2. Integre testes ao seu fluxo de trabalho

Como gerenciar débitos técnicos

Garanta que os testes sejam integrados ao ciclo inicial de desenvolvimento para identificar e resolver problemas iniciais. Comece estabelecendo uma definição clara de "Feito" e evite adiar o teste. 

Defina que "Feito" representa não apenas uma funcionalidade completa, mas uma testada e pronta para o lançamento. Para isso, vai ser necessário adicionar uma tarefa de teste separada à história original do usuário. Se o teste não for realizado como parte da correção do bug ou da história original, essa correção não vai ser feita. 

É muito fácil adiar tais testes, o que só gera débito técnico.

Dica profissional

Priorize o débito técnico como uma função normal no planejamento de sprint, incorporando rastreamento e triagem de erros para avaliar e priorizar itens com eficácia. Não oculte o débito em um backlog separado ou no rastreador de itens.

Como gerenciar débitos técnicos

3. Automatize os bugs

Quando alguém descobrir um bug no software, aproveite para adicionar um teste automatizado que demonstre o erro. Após a correção do bug, refaça o teste para garantir que ele foi reparado. 

Este é o núcleo do desenvolvimento orientado a testes, uma metodologia consagrada pelo tempo para a manutenção de qualidade no desenvolvimento ágil.

Práticas recomendadas para reduzir o débito técnico

Práticas recomendadas para reduzir o débito técnico

Mudar a percepção da equipe (e a das partes interessadas) sobre como gerenciar o débito técnico não é fácil. Às vezes, reduzir o tempo de desenvolvimento para chegar ao mercado mais cedo tem prioridade. Com isso em mente, vamos recapitular alguns itens de ação para controlar o débito técnico:

  • Mostre ao proprietário do produto o custo real do débito técnico: garanta que os valores de ponto da história sejam precisos para futuras histórias que exijam resolução do débito técnico existente.

  • Modularize sua arquitetura: tome uma posição firme sobre o débito técnico em novos componentes ou bibliotecas no aplicativo. Assim que a agilidade estiver visível nesses novos componentes, as equipes vão desejar estender essas práticas a outras partes do código com naturalidade.

  • Crie testes automatizados: nada impede melhor os bugs do que os testes automatizados e a integração contínua. Quando um novo bug for encontrado, vai ser necessário criar um novo teste para reproduzir e, em seguida, corrigir o problema. Se o bug aparecer de novo, ele vai ser detectado pelo teste automatizado antes dos clientes.

Exemplos de débito técnico

Exemplos de débito técnico

O conceito de débito técnico pode ser ilustrado em alguns exemplos simples:

Considere uma equipe que codificou conexões de banco de dados em vez de usar um sistema de configuração. Essa abordagem economiza tempo no início, mas cria problemas ao implantar em ambientes diferentes. 

Outro exemplo é ignorar o tratamento adequado de erros para cumprir um prazo, deixando o sistema vulnerável a falhas que exigem correções emergenciais mais tarde. 

Uma boa gestão de dívidas pode envolver a escolha deliberada de um algoritmo mais simples que seja mais fácil de entender e manter, mesmo que seja um pouco menos eficiente. Uma gestão deficiente parece empilhar várias soluções rápidas umas sobre as outras sem abordar a causa raiz. 

Mantenha o controle do débito técnico com o Jira

A preview in a kanban board's backlog in Jira

Controle o débito técnico com o Jira

As equipes podem usar o Jira para acompanhar, priorizar e resolver débitos técnicos junto com o trabalho regular de desenvolvimento de funcionalidades. Crie tipos de itens específicos para itens de débito técnico e os inclua em seu processo regular de planejamento de sprint

Use as funcionalidades do planejamento de recursos para alocar tempo para a redução do débito e aproveite as ferramentas de gerenciamento de recursos para acompanhar os processos. Estabeleça fluxos de trabalho que tornem o débito técnico visível para todas as partes interessadas, não apenas para os desenvolvedores. 

Com o Rovo Dev, as equipes podem levar isso ainda mais longe usando a IA para automatizar tarefas rotineiras de codificação e acelerar o refatoramento. O Rovo Dev pode gerar fluxos de trabalho com várias etapas, extrair conhecimento, além de planejar, gerar e revisar códigos em grande escala. Ao reduzir o esforço manual na identificação, planejamento e tratamento do débito técnico, o Rovo Dev ajuda as equipes a entregarem software de alta qualidade com mais rapidez.

Essa transparência ajuda os gerentes de produto a entenderem o custo real do débito acumulado e facilita justificar o tempo gasto em trabalhos de manutenção. 

Experimente o Jira

FAQs

FAQs

O que é débito técnico no Scrum?

No Scrum, débito técnico representa um trabalho que precisa ser feito para manter a qualidade do código e a integridade do sistema. As equipes do Scrum resolvem essa questão incluindo itens de débito nos backlogs do sprint e os tratando com a mesma prioridade de outros trabalhos. 

Como você pode evitar o débito técnico?

A prevenção do débito técnico começa com um planejamento adequado, revisões regulares por pares e testes automatizados. Construir uma cultura que valoriza a qualidade do código a longo prazo em detrimento da velocidade a curto prazo ajuda as equipes a tomar melhores decisões arquitetônicas desde o início. 

O débito técnico é sempre ruim?

Nem sempre O débito técnico estratégico pode ser aceitável quando as equipes optam pela velocidade em detrimento da perfeição por motivos comerciais válidos. O segredo é fazer a gestão deliberada, em vez de deixar que se acumule por acidente.

Quem paga o débito técnico?

Todo mundo paga pelo débito técnico. As equipes de engenharia dedicam mais tempo à manutenção, enquanto as equipes de produto enfrentam uma entrega mais lenta de funções e os clientes encontram mais erros. Tanto os responsáveis pela engenharia quanto os responsáveis pelo produto compartilham a responsabilidade de gerenciar o débito com eficácia. 

Como você mede o débito técnico?

Use ferramentas como o Jira para acompanhar itens de débito, medir o tempo de resolução e monitorar tendências. Auditorias regulares de código, métricas de complexidade e pesquisas com desenvolvedores podem ajudar a quantificar o escopo e o impacto do débito acumulado.

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